Hoje, o par EUR/USD está sob forte pressão, recuando para 1,0200 e atingindo o menor nível em três semanas.

Atualmente, os preços spot estão se aproximando do nível mais baixo em mais de dois anos, visto pela última vez em janeiro, e permanecem vulneráveis à continuidade da tendência de baixa de vários meses.

O dólar norte-americano se fortaleceu acentuadamente após a decisão do presidente Donald Trump de impor tarifas de 25% sobre os produtos do Canadá e do México, além de uma tarifa adicional de 10% sobre os produtos chineses. Essa medida sinaliza o início de uma nova guerra comercial global e está reduzindo o interesse dos investidores por ativos mais arriscados. Com os investidores buscando ativos de refúgio, uma pressão adicional de baixa recai sobre o par EUR/USD.

Além disso, na noite de sexta-feira, Trump anunciou que imporia tarifas sobre produtos da União Europeia. Isso, combinado com a postura dovish do Banco Central Europeu (BCE), continua a enfraquecer o euro. Na semana passada, o BCE reduziu as taxas de juros em 25 pontos base e deixou em aberto a possibilidade de novas reduções, ampliando a perspectiva negativa para o euro e contribuindo para o sentimento baixista em relação ao par EUR/USD. A posição do BCE contrasta fortemente com a postura hawkish da Reserva Federal, que apoia o dólar americano e aumenta a probabilidade de novas quedas do EUR/USD.

Apesar de uma recente retração nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, que poderia oferecer algum suporte ao dólar, o cenário fundamental geral sugere que o caminho de menor resistência para os preços à vista é provavelmente descendente.

Do ponto de vista técnico, o Índice de Força Relativa (RSI) está se aproximando do território de sobrevenda, o que indica a possibilidade de uma correção de curto prazo no futuro próximo.